ADVENTO DO NATAL: GLÓRIA
Lucas 2.13-14
A música que os anjos cantam, para saudar o nascimento de Jesus, tem uma letra nova:
“Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens
aos quais ele concede o seu favor”.
(Lucas 2.13-14)
Fala-se muito da glória de Deus no Antigo Testamento, mas aqui o imperativo é novo.
Somos chamados a dar glória (δοξα) a Deus nas alturas. Tornou-se comum entre teólogos terminar seus artigos com uma expressão em latina: Soli deo gloria (glória somente a Deus).
No contexto protestante, esta expressão (Soli deo gloria) é colocada ao lado de outras quatro "sola":
1 Sola scriptura ("somente pelas Escrituras")
2 Sola fide ("somente pela fé")
3 Sola gratia ("somente pela graça")
4 Solus Christus or Solo Christo ("Somente Cristo" ou "somente através de Cristo")
Estas quatro "sola" são teológicas, mas a quinta é existencial, é um programa de vida.
Embora os poetas afirmem que os céus declaram a glória de Deus (Salmo 19.1), é um profeta que nos chama a dar glória a ele. Em Jeremias 13.16, lemos:
"Dêem glória ao Senhor, ao seu Deus,
antes que ele traga trevas,
antes que os pés de vocês tropecem
nas colinas ao escurecer".
No Novo Testamento, os apóstolos nos fazem o mesmo convite.
. "Sim, ao único Deus sábio seja dada glória para todo o sempre, por meio de Jesus Cristo. Amém". (Romanos 16.27)
"Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém". (1 Timóteo 1.17)
. "Ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém". (Judas 1.25)
Como, então, damos glória a Deus?
1. Damos glória a Deus quando entendemos o sentido de nossas vidas aqui.
O sentido da vida de Jesus foi dar glória ao Pai. Orou ele assim: “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva- me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome!” (João 12.27-28a).
Quando escreve aos Efésios, Paulo nos diz qual é o objetivo de nossas vidas: dar glória a Deus (Efésios 1.14).
Pedro diz que fomos chamados para dar glória a Deus: "O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces" (1Pedro 5.10).
É assim que devemos desejar viver.
2. Damos glória a Deus quando renunciamos a qualquer glória própria.
Temos que ser honestas. Gostamos de ser honrados, reconhecidos, aplaudidos, glorificados. Todos queremos ser amados. Todos precisamos ser amados. Todos buscamos ser amados. O problema é quando queremos ser aplaudidos, como se a nossa vida dependesse dos aplausos. O problema é quando disputamos com Deus algum tipo de glória. O problema é quando dispensamos Deus, como se fôssemos suficientes, para nós mesmos e para os outros.
Quem somos? Somos pessoas amadas por Deus. Somos pessoas que deviam ser consumidas por Deus e não fomos. O profeta Isaías nos ajuda a nos colocar em nossos próprios lugares:
"Por amor do meu próprio nome
eu adio a minha ira;
por amor de meu louvor eu a contive,
para que você não fosse eliminado.
Veja, eu refinei você, embora não como prata;
eu o provei na fornalha da aflição.
Por amor de mim mesmo, por amor de mim mesmo, eu faço isso.
Como posso permitir que eu mesmo seja difamado?
Não darei minha glória a nenhum outro".
(Isaías 48.9-11)
Devemos, antes, cantar como aprendemos no livro de Apocalipse:
“Tu, Senhor e Deus nosso,
és digno de receber a glória, a honra e o poder,
porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas”.
(Apocalipse 4.11)
3. Damos glória a Deus quando não dividimos o que Deus não divide.
O mundo (a história, o universo) deve ser visto como Deus o vê: como teatro da sua glória.
Gosto do Salmo 24.
"Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe,
o mundo e os que nele vivem;
pois foi ele quem fundou- a sobre os mares
e firmou-a sobre as águas.
Abram-se, ó portais;
abram-se, ó portas antigas,
para que o Rei da glória entre.
Quem é o Rei da glória?
O Senhor forte e valente,
o Senhor valente nas guerras.
Abram-se, ó portais;
abram-se, ó portas antigas,
para que o Rei da glória entre.
1Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos;
ele é o Rei da glória!"
(Salmo 24.1,7-10)
Não existe um mundo secular e um mundo espiritual, porque Deus está presente nos dois, como se fosse um só.
Não existe uma vida cristã que nao seja vida e uma vida que não seja cristã, para os cristãos, nao importa o que sejam, onde estejam, o que façam, o que pensam. Deus é um só e nós também.
Se estamos num lugar onde não podemos ser espirituais, não devemos estar ali.
Se pensamos algo que a Bíblia não autoriza, não devemos pensá-lo.
Onde estamos, Deus está.
4. Damos glória a Deus quando vivemos vidas cheias do fruto de justiça.
Eis a oração do apóstolo Paulo:
"Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus" (Filipenses 1.9-11).
O mesmo autor escreveu em outro lugar:
"Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença" (Efésios 1.4).
O apóstolo Pedro é igualmente preciso:
"Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém" (1Pedro 4.11).
Quando damos glória a Deus com as nossas vidas, as pessoas veem a glória de Deus.
Precisamos, mais e mais, de pessoas através das quais as pessoas vejam a glória de Deus.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
A música que os anjos cantam, para saudar o nascimento de Jesus, tem uma letra nova:
“Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens
aos quais ele concede o seu favor”.
(Lucas 2.13-14)
Fala-se muito da glória de Deus no Antigo Testamento, mas aqui o imperativo é novo.
Somos chamados a dar glória (δοξα) a Deus nas alturas. Tornou-se comum entre teólogos terminar seus artigos com uma expressão em latina: Soli deo gloria (glória somente a Deus).
No contexto protestante, esta expressão (Soli deo gloria) é colocada ao lado de outras quatro "sola":
1 Sola scriptura ("somente pelas Escrituras")
2 Sola fide ("somente pela fé")
3 Sola gratia ("somente pela graça")
4 Solus Christus or Solo Christo ("Somente Cristo" ou "somente através de Cristo")
Estas quatro "sola" são teológicas, mas a quinta é existencial, é um programa de vida.
Embora os poetas afirmem que os céus declaram a glória de Deus (Salmo 19.1), é um profeta que nos chama a dar glória a ele. Em Jeremias 13.16, lemos:
"Dêem glória ao Senhor, ao seu Deus,
antes que ele traga trevas,
antes que os pés de vocês tropecem
nas colinas ao escurecer".
No Novo Testamento, os apóstolos nos fazem o mesmo convite.
. "Sim, ao único Deus sábio seja dada glória para todo o sempre, por meio de Jesus Cristo. Amém". (Romanos 16.27)
"Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém". (1 Timóteo 1.17)
. "Ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém". (Judas 1.25)
Como, então, damos glória a Deus?
1. Damos glória a Deus quando entendemos o sentido de nossas vidas aqui.
O sentido da vida de Jesus foi dar glória ao Pai. Orou ele assim: “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva- me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome!” (João 12.27-28a).
Quando escreve aos Efésios, Paulo nos diz qual é o objetivo de nossas vidas: dar glória a Deus (Efésios 1.14).
Pedro diz que fomos chamados para dar glória a Deus: "O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces" (1Pedro 5.10).
É assim que devemos desejar viver.
2. Damos glória a Deus quando renunciamos a qualquer glória própria.
Temos que ser honestas. Gostamos de ser honrados, reconhecidos, aplaudidos, glorificados. Todos queremos ser amados. Todos precisamos ser amados. Todos buscamos ser amados. O problema é quando queremos ser aplaudidos, como se a nossa vida dependesse dos aplausos. O problema é quando disputamos com Deus algum tipo de glória. O problema é quando dispensamos Deus, como se fôssemos suficientes, para nós mesmos e para os outros.
Quem somos? Somos pessoas amadas por Deus. Somos pessoas que deviam ser consumidas por Deus e não fomos. O profeta Isaías nos ajuda a nos colocar em nossos próprios lugares:
"Por amor do meu próprio nome
eu adio a minha ira;
por amor de meu louvor eu a contive,
para que você não fosse eliminado.
Veja, eu refinei você, embora não como prata;
eu o provei na fornalha da aflição.
Por amor de mim mesmo, por amor de mim mesmo, eu faço isso.
Como posso permitir que eu mesmo seja difamado?
Não darei minha glória a nenhum outro".
(Isaías 48.9-11)
Devemos, antes, cantar como aprendemos no livro de Apocalipse:
“Tu, Senhor e Deus nosso,
és digno de receber a glória, a honra e o poder,
porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas”.
(Apocalipse 4.11)
3. Damos glória a Deus quando não dividimos o que Deus não divide.
O mundo (a história, o universo) deve ser visto como Deus o vê: como teatro da sua glória.
Gosto do Salmo 24.
"Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe,
o mundo e os que nele vivem;
pois foi ele quem fundou- a sobre os mares
e firmou-a sobre as águas.
Abram-se, ó portais;
abram-se, ó portas antigas,
para que o Rei da glória entre.
Quem é o Rei da glória?
O Senhor forte e valente,
o Senhor valente nas guerras.
Abram-se, ó portais;
abram-se, ó portas antigas,
para que o Rei da glória entre.
1Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos;
ele é o Rei da glória!"
(Salmo 24.1,7-10)
Não existe um mundo secular e um mundo espiritual, porque Deus está presente nos dois, como se fosse um só.
Não existe uma vida cristã que nao seja vida e uma vida que não seja cristã, para os cristãos, nao importa o que sejam, onde estejam, o que façam, o que pensam. Deus é um só e nós também.
Se estamos num lugar onde não podemos ser espirituais, não devemos estar ali.
Se pensamos algo que a Bíblia não autoriza, não devemos pensá-lo.
Onde estamos, Deus está.
4. Damos glória a Deus quando vivemos vidas cheias do fruto de justiça.
Eis a oração do apóstolo Paulo:
"Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus" (Filipenses 1.9-11).
O mesmo autor escreveu em outro lugar:
"Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença" (Efésios 1.4).
O apóstolo Pedro é igualmente preciso:
"Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém" (1Pedro 4.11).
Quando damos glória a Deus com as nossas vidas, as pessoas veem a glória de Deus.
Precisamos, mais e mais, de pessoas através das quais as pessoas vejam a glória de Deus.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO