Quando ocorre o início da vida?
A resposta da Bíblia
Dra.
Angelica B. W. Boldt
Como
professora e pesquisadora em Genética Humana, confesso que me enquadrava dentro
da “grande maioria” que acredita que a Bíblia não é clara sobre quando se dá o
início da vida humana, uma vez que conceitos como “célula”, “zigoto” e o
próprio mecanismo de fecundação e gestação eram um completo mistério para os
seus escritores, como é evidente no Salmo 139: “Tu criaste o íntimo do meu ser
e me teceste no ventre da minha mãe... Meus ossos não estavam escondidos de ti
quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.”
(NVI, grifo do autora).
Contudo, ao meditar sobre a história do
nascimento de Sansão em Juízes 13, descobri que a Bíblia é BEM CLARA a respeito
da origem da vida humana. Ela conta que a mulher de Manoá, como a mãe de Sansão
é chamada, era estéril até receber a visita de um anjo. Este lhe declara que
ela engravidará de um filho que deve ser nazireu durante toda a sua vida, pois
deve se tornar um juiz do seu povo e libertá-lo da opressão dos inimigos. O
nazireado implicava em um sinal de consagração interior, através da abstenção
de qualquer produto da videira (mesmo uvas e passas), e de consagração
exterior, através da distância de cadáveres e manutenção do cabelo (o cabelo,
assim como a barba, nunca poderiam ser cortados). O detalhe crucial é que o
anjo ordena à própria mãe que não deve ingerir nada que viesse da uva, embora o
nazireado coubesse explicitamente ao filho.
Para
ficar bem clara, esta ordem é repetida duas vezes. Uma vez à mulher; outra vez
a ela e a seu marido Manoá. Além disso, a mãe também deveria se lembrar de não
ingerir qualquer comida impura, regulamento ao qual se sujeitavam todos os
israelitas, nazireus ou não. Como ela não sabia do momento da concepção,
deveria iniciar o jejum de uva desde já. Contudo, se a “vida” de Sansão se
iniciasse após 11-12 semanas de gestação, a ordem do anjo teria sido a de
abstenção da uva a partir do momento em que a mulher de Manoá percebesse que
estava grávida. Se a “vida” de Sansão se iniciasse somente após o parto, a mãe receberia
ordens apenas para cuidar da dieta do filho. A seriedade deste compromisso
revela que o espírito de Sansão poderia ser contaminado pela desobediência da
mãe desde o estágio mais tenro do seu desenvolvimento, ou seja: o momento da
união de um óvulo com o espermatozóide!
Portanto,
como mães e como pais (note que o anjo falou a ambos), somos responsáveis pelas
vidas que geramos, desde a sua concepção! Pequenas, preciosas vidas que não
podemos, não devemos rejeitar. Isto também é reforçado por várias outras
passagens bíblicas que refletem a aversão que Deus sente pelo aborto provocado.
Por exemplo, o famoso princípio “Olho por olho, dente por dente” ocorre pela
primeira vez na Torah (os cinco livros de Moisés) no contexto em que um parto
prematuro é provocado porque uma mulher grávida foi ferida em uma briga de
homens: Êx. 21:22-25. Também na Torah, a ordem de que “um cabrito não deve ser
cozido no leite da sua própria mãe” é repetida três vezes (Êx. 23:19, 34:26,
Deut. 14:21).
Mais do que um preciosismo culinário, creio que esta ordem
representa a idéia de que uma mãe não deve ter participação alguma na morte do
seu filho.
A
principal razão para a destruição dos povos cananitas foi a promiscuidade
sexual seguida do sacrifício dos filhos indesejados ao deus Moloque — os bebês
eram queimados vivos. Razões semelhantes conduziram à destruição de Jerusalém e
ao êxodo dos israelitas para a Assíria e a Babilônia. Quer os filhos sejam
queimados após o nascimento, quer sugados aos pedaços (como quer a cartilha mais
recente sobre “Como abortar com segurança” da OMS), quer destruídos na forma de
embriões ou fetos, creio que o ódio divino contra a destruição da vida humana é
evidente de qualquer forma.
Filhos são sempre uma bênção, mesmo que em
circunstâncias indesejadas. O assim chamado “planejamento familiar” tem minado
a saúde mental de centenas de mulheres às quais foi ensinado que a criação de
filhos representa um fardo e um empecilho às suas carreiras. Acreditem, essa é
uma grande mentira! Dois dos meus filhos nasceram durante o mestrado e um no
início do pós-doutorado. Cada um deles me enriqueceu de uma maneira não
comparável a todo o reconhecimento que obtive pela minha carreira!
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Artigo inspirador que deve nortear nossas mentes sobre a clara posição do Senhor com relação ao início da vida.
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