terça-feira, 25 de novembro de 2014

advento do natal: Glória

ADVENTO DO NATAL: GLÓRIA

Lucas 2.13-14

A música que os anjos cantam, para saudar o nascimento de Jesus, tem uma letra nova:

“Glória a Deus nas alturas,
e paz na terra aos homens
aos quais ele concede o seu favor”.
(Lucas 2.13-14)

Fala-se muito da glória de Deus no Antigo Testamento, mas aqui o imperativo é novo.
Somos chamados a dar glória (δοξα) a Deus nas alturas. Tornou-se comum entre teólogos terminar seus artigos com uma expressão em latina: Soli deo gloria (glória somente a Deus).
No contexto protestante, esta expressão (Soli deo gloria) é colocada ao lado de outras quatro "sola": 

1 Sola scriptura ("somente pelas Escrituras")
2 Sola fide ("somente pela fé")
3 Sola gratia ("somente pela graça")
4 Solus Christus or Solo Christo ("Somente Cristo" ou "somente através de Cristo")

Estas quatro "sola" são teológicas, mas a quinta é existencial, é um programa de vida.

Embora os poetas afirmem que os céus declaram a glória de Deus (Salmo 19.1), é um profeta que nos chama a dar glória a ele. Em Jeremias 13.16, lemos:

"Dêem glória ao Senhor, ao seu Deus,
antes que ele traga trevas,
antes que os pés de vocês tropecem
nas colinas ao escurecer".

No Novo Testamento, os apóstolos nos fazem o mesmo convite.

. "Sim, ao único Deus sábio seja dada glória para todo o sempre, por meio de Jesus Cristo. Amém". (Romanos 16.27)

"Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém". (1 Timóteo 1.17)

. "Ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém". (Judas 1.25)


Como, então, damos glória a Deus?

1. Damos glória a Deus quando entendemos o sentido de nossas vidas aqui.
O sentido da vida de Jesus foi dar glória ao Pai. Orou ele assim: “Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva- me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome!” (João 12.27-28a).
Quando escreve aos Efésios, Paulo nos diz qual é o objetivo de nossas vidas: dar glória a Deus (Efésios 1.14). 
Pedro diz que fomos chamados para dar glória a Deus: "O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces" (1Pedro 5.10).
É assim que devemos desejar viver.

2. Damos glória a Deus quando renunciamos a qualquer glória própria.
Temos que ser honestas. Gostamos de ser honrados, reconhecidos, aplaudidos, glorificados. Todos queremos ser amados. Todos precisamos ser amados. Todos buscamos ser amados. O problema é quando queremos ser aplaudidos, como se a nossa vida dependesse dos aplausos. O problema é quando disputamos com Deus algum tipo de glória. O problema é quando dispensamos Deus, como se fôssemos suficientes, para nós mesmos e para os outros.
Quem somos? Somos pessoas amadas por Deus. Somos pessoas que deviam ser consumidas por Deus e não fomos. O profeta Isaías nos ajuda a nos colocar em nossos próprios lugares:

"Por amor do meu próprio nome
eu adio a minha ira;
por amor de meu louvor eu a contive,
para que você não fosse eliminado.
Veja, eu refinei você, embora não como prata;
eu o provei na fornalha da aflição.
Por amor de mim mesmo, por amor de mim mesmo, eu faço isso.
Como posso permitir que eu mesmo seja difamado?
Não darei minha glória a nenhum outro".
(Isaías 48.9-11)

Devemos, antes, cantar como aprendemos no livro de Apocalipse:

“Tu, Senhor e Deus nosso,
és digno de receber a glória, a honra e o poder,
porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas”.
(Apocalipse 4.11)


3. Damos glória a Deus quando não dividimos o que Deus não divide.
O mundo (a história, o universo) deve ser visto como Deus o vê: como teatro da sua glória.
Gosto do Salmo 24.

"Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe,
o mundo e os que nele vivem;
pois foi ele quem fundou- a sobre os mares
e firmou-a sobre as águas.
Abram-se, ó portais;
abram-se, ó portas antigas,
para que o Rei da glória entre.
Quem é o Rei da glória?
O Senhor forte e valente,
o Senhor valente nas guerras.
Abram-se, ó portais;
abram-se, ó portas antigas,
para que o Rei da glória entre.
1Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos;
ele é o Rei da glória!"
(Salmo 24.1,7-10)

Não existe um mundo secular e um mundo espiritual, porque Deus está presente nos dois, como se fosse um só.
Não existe uma vida cristã que nao seja vida e uma vida que não seja cristã, para os cristãos, nao importa o que sejam, onde estejam, o que façam, o que pensam. Deus é um só e nós também.
Se estamos num lugar onde não podemos ser espirituais, não devemos estar ali.
Se pensamos algo que a Bíblia não autoriza, não devemos pensá-lo.
Onde estamos, Deus está. 

4. Damos glória a Deus quando vivemos vidas cheias do fruto de justiça.
Eis a oração do apóstolo Paulo:
"Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus" (Filipenses 1.9-11).
O mesmo autor escreveu em outro lugar:
"Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença" (Efésios 1.4).
O apóstolo Pedro é igualmente preciso:
"Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém" (1Pedro 4.11).

Quando damos glória a Deus com as nossas vidas, as pessoas veem a glória de Deus.
Precisamos, mais e mais, de pessoas através das quais as pessoas vejam a glória de Deus.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO


terça-feira, 11 de novembro de 2014

a origem da vida



Quando ocorre o início da vida? 
A resposta da Bíblia
Dra. Angelica B. W. Boldt

Como professora e pesquisadora em Genética Humana, confesso que me enquadrava dentro da “grande maioria” que acredita que a Bíblia não é clara sobre quando se dá o início da vida humana, uma vez que conceitos como “célula”, “zigoto” e o próprio mecanismo de fecundação e gestação eram um completo mistério para os seus escritores, como é evidente no Salmo 139: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre da minha mãe... Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.” (NVI, grifo do autora).

 Contudo, ao meditar sobre a história do nascimento de Sansão em Juízes 13, descobri que a Bíblia é BEM CLARA a respeito da origem da vida humana. Ela conta que a mulher de Manoá, como a mãe de Sansão é chamada, era estéril até receber a visita de um anjo. Este lhe declara que ela engravidará de um filho que deve ser nazireu durante toda a sua vida, pois deve se tornar um juiz do seu povo e libertá-lo da opressão dos inimigos. O nazireado implicava em um sinal de consagração interior, através da abstenção de qualquer produto da videira (mesmo uvas e passas), e de consagração exterior, através da distância de cadáveres e manutenção do cabelo (o cabelo, assim como a barba, nunca poderiam ser cortados). O detalhe crucial é que o anjo ordena à própria mãe que não deve ingerir nada que viesse da uva, embora o nazireado coubesse explicitamente ao filho.

Para ficar bem clara, esta ordem é repetida duas vezes. Uma vez à mulher; outra vez a ela e a seu marido Manoá. Além disso, a mãe também deveria se lembrar de não ingerir qualquer comida impura, regulamento ao qual se sujeitavam todos os israelitas, nazireus ou não. Como ela não sabia do momento da concepção, deveria iniciar o jejum de uva desde já. Contudo, se a “vida” de Sansão se iniciasse após 11-12 semanas de gestação, a ordem do anjo teria sido a de abstenção da uva a partir do momento em que a mulher de Manoá percebesse que estava grávida. Se a “vida” de Sansão se iniciasse somente após o parto, a mãe receberia ordens apenas para cuidar da dieta do filho. A seriedade deste compromisso revela que o espírito de Sansão poderia ser contaminado pela desobediência da mãe desde o estágio mais tenro do seu desenvolvimento, ou seja: o momento da união de um óvulo com o espermatozóide!

Portanto, como mães e como pais (note que o anjo falou a ambos), somos responsáveis pelas vidas que geramos, desde a sua concepção! Pequenas, preciosas vidas que não podemos, não devemos rejeitar. Isto também é reforçado por várias outras passagens bíblicas que refletem a aversão que Deus sente pelo aborto provocado. Por exemplo, o famoso princípio “Olho por olho, dente por dente” ocorre pela primeira vez na Torah (os cinco livros de Moisés) no contexto em que um parto prematuro é provocado porque uma mulher grávida foi ferida em uma briga de homens: Êx. 21:22-25. Também na Torah, a ordem de que “um cabrito não deve ser cozido no leite da sua própria mãe” é repetida três vezes (Êx. 23:19, 34:26, Deut. 14:21). 

Mais do que um preciosismo culinário, creio que esta ordem representa a idéia de que uma mãe não deve ter participação alguma na morte do seu filho.

A principal razão para a destruição dos povos cananitas foi a promiscuidade sexual seguida do sacrifício dos filhos indesejados ao deus Moloque — os bebês eram queimados vivos. Razões semelhantes conduziram à destruição de Jerusalém e ao êxodo dos israelitas para a Assíria e a Babilônia. Quer os filhos sejam queimados após o nascimento, quer sugados aos pedaços (como quer a cartilha mais recente sobre “Como abortar com segurança” da OMS), quer destruídos na forma de embriões ou fetos, creio que o ódio divino contra a destruição da vida humana é evidente de qualquer forma.

Filhos são sempre uma bênção, mesmo que em circunstâncias indesejadas. O assim chamado “planejamento familiar” tem minado a saúde mental de centenas de mulheres às quais foi ensinado que a criação de filhos representa um fardo e um empecilho às suas carreiras. Acreditem, essa é uma grande mentira! Dois dos meus filhos nasceram durante o mestrado e um no início do pós-doutorado. Cada um deles me enriqueceu de uma maneira não comparável a todo o reconhecimento que obtive pela minha carreira!

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Artigo inspirador que deve nortear nossas mentes sobre a clara posição do Senhor com relação ao início da vida.

O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.1 Samuel 2:6


sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE: MODISMO OU PRINCÍPIO BÍBLICO?

Salmo 24:1: Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.

Ouvimos falar muito nos dias de hoje sobre a necessidade de se estabelecer boas políticas no relacionamento do ser humano com a ecologia, meio ambiente e sustentabilidade.
Qual a posição dos cristãos com relação a estes assuntos? 

Existem cristãos que relutam em levar as questões ambientais a sério. Em alguns casos, isto ocorre porque não compreendemos as questões ambientais do ponto de vista de Deus. Isto significa compreender os propósitos de Deus para a criação, desde o princípio, em nossos dias e no futuro. 

Não devemos nos esquecer de que fazemos parte da criação de Deus. Jesus morreu e ressuscitou não apenas para nos reconciliar com Deus, mas para reconciliar o resto da criação com Ele também. Por este motivo, o nosso ministério para o meio ambiente deve ser levado a sério.

Definindo sustentabilidade: Um meio de configurar a civilização, as atividades humanas, de tal forma que a sociedade e suas economias possam preencher suas necessidades e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

TUDO FEZ DEUS COM UM OBJETIVO

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.

E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. Colossenses 1.16-17

Tudo que foi criado por Deus, foi feito para manifestara glória Dele. Ao contemplarmos a natureza, os animais, as pessoas, devemos ver a glória de Deus manifesta nessas coisas.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Gênesis 1.26

A criação toda não existe apenas para servir ao homem, mas principalmente para manifestar a glória de Deus, fazendo o homem louvá-lo pela fertilidade que a terra propicia. A criação de Deus revela como Ele é único, como ele é majestoso, o seu cuidado com ela nos mostra um Deus zeloso. Deus relaciona-se com sua criação.
 
Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Salmos 19.1



MISSÃO

Nós, seres humanos, também fazemos parte da criação, porém, o nosso papel é único. 

E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. Gênesis 2:15

Deus criou o homem a imagem e semelhança dele mesmo. Seu caráter, amor, inteligência, sensibilidade, podem ser vistas no homem ao lidar com a terra, com a tecnologia e com questões humanas. Mas Deus espera que cultivemos e guardemos a terra, isso é prova de amor a Ele. Deus dá aos seres humanos a autoridade para cuidar da sua criação: Em hebraico, a palavra para homem é "adam", e a palavra para solo é "adamah", o que mostra a nossa conexão com a Terra.
Deus nos criou com o propósito de interagirmos e cuidarmos de sua criação. A partir do momento que vemos a criação não como propriedade do homem, mas sim de Deus, devemos cuidar dela como bons mordomos de tudo aquilo que na realidade não nos pertence.
Como seres humanos, temos autoridade real sobre o resto da criação, mas devemos exercê-la como servidores do nosso Deus, com toda a responsabilidade.