segunda-feira, 27 de maio de 2013

friends

No mês da família preparamos algo que vai elevar o nível do seu relacionamento conjugal.

Deus abençoe sua Família.

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Amizade, cumplicidade e santidade a dois...



Existe um provérbio Bíblico que diz: “Um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão” (NTLH).
Muitas vezes um casamento começa como uma jornada entre dois amigos. Ele se desvia no caminho quando esses amigos se tornam apenas sócios tentando pagar as contas, ou pais tentando criar seus filhos, ou profissionais de saúde tentando cuidar de seus pais, ou motoristas de taxi tentando conduzir seus familiares a diversos compromissos, ou promotores de evento tentando organizar férias e festas de aniversários, ou amantes tentando manter acessa a chama da paixão. É de fato, muito importante trabalhar a amizade porque, no fim das contas, os demais aspectos do casamento se encaixarão com maior suavidade e felicidade quando você estiver ao lado de um amigo.
Acreditamos que surge um olhar animador quando os casais se empenham em ser amigos F-R-I-E-N-D-S [“amigos” em inglês] – fertilidade, reciprocidade, intimidade, entretenimento, necessidade, devoção e santidade.

F – FERTILIDADE

A amizade com o cônjuge, como todo o resto, existe para glorificar a Deus e servir ao seu Reino. Há um trecho de uma carta de amor do grande pregador batista Charles Haddon Spurgeon para a sua esposa que ilustra muito bem esse raciocínio: “Ninguém sabe o quanto sou grato a Deus por você. Em tudo o que já fiz por ele, você tem uma grande participação, pois ao me fazer tão feliz você me preparou para o serviço. Nem um pingo de poder jamais foi perdido para a boa causa através de você. Servi ao Senhor muito mais e nunca menos por seu amável companheirismo.”
A instituição do casamento supõe um cônjuge e, muitas vezes, filhos. Mas o objetivo, o centro e o propósito do casamento não e você, seu companheiro ou seus filhos. O propósito absoluto do casamento e da família é a glória de Deus. Apenas quando o casamento e a família existem para a glória de Deus – não para servirem como ídolos substitutivos – é que podemos amar e ser amados de verdade. Lembre-se: seus filhos e seu marido (ou sua esposa) não são o objeto de seu louvor, mas apenas os seus companheiros de louvação.
Foi o próprio Deus quem criou o casamento e ordenou que ele “rendesse frutos”. Isso explica porque satanás não apareceu antes de Adão e Eva se casarem. O inimigo odeia a fertilidade que resulta de um marido e uma mulher servindo juntos a Deus. Em uma carta destinada a um casal recém-casado, o pastor, teólogo e mártir Dietrich Bonhoeffer, preso em sua cela em uma prisão nazista, escreveu sobre a glória de Deus como propósito absoluto do casamento:
Casamento é mais do que o amor de um pelo outro. Há uma dignidade e um poder maior, pois é a sagrada ordenação de Deus, por meio da qual ele quer perpetuar a raça humana até o fim dos tempos. Em seu amor, vocês só vêem dois seres no mundo, mas, no casamento, vocês são um elo na corrente de gerações que Deus cria e usa para perpetuar sua glória e chamar para o seu Reino. Em seu amor, vocês só vêem o céu da própria felicidade, mas no casamento, vocês são colocados em um posto de responsabilidade para com o mundo e a humanidade. O amor de vocês é um bem próprio e particular, mas no casamento é mais que algo pessoal – é um estado, um ofício. Da mesma forma que a coroa, e não simplesmente a vontade de governar, faz o rei, assim é o casamento, não é apenas o amor de vocês, um pelo outro, que os une aos olhos de Deus e do homem.
Com o casamento, assumimos um compromisso com Deus, com o parceiro, com o mundo e com as gerações futuras. Mas somos pecadores. Marido e mulher precisam reconhecer que, quando a Bíblia menciona os tolos, não está se referindo apenas a outras pessoas, mas também a cada um de nós. Mesmo o mais sábio dos homens tem seus momentos de tolice. É por isso que Deus nos dá um parceiro para servir de sábio conselheiro para orar por nós e ao nosso lado, para freqüentar a igreja conosco, para falar a verdade e trazer as Escrituras, juntamente com bons livros e palestras virtuais, cursos e sermões para alimentar a fertilidade em nossa vida.
A vida é algo tão complexo, perigoso  estressante, que a Bíblia muitas vezes a compara com uma guerra que travamos com o mundo à nossa volta, em que a carne tenta nos trair em favor do inimigo. À luz dessa batalha, precisamos de uma sábia estratégia de guerra projetada por uma equipe de conselheiros. Provérbios, o livro da sabedoria na Bíblia, cita repetidas vezes a importância de se ter amigos sábios. Provérbios 20.18 cita: “Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos, e quem sai a guerra precisa de orientação”. Provérbios 24.5-6 afirma: “ O homem sábio é poderoso, e quem tem conhecimento aumenta a sua força; quem sai a guerra precisa de orientação e com muitos conselheiros se obtém a vitória.” E Provérbios 13.20 ensina: “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal.”
De que forma seu esposo tem sido um amigo sábio usado por Deus para tornar sua vida mais frutífera? De que maneiras você pode ser um amigo melhor e mais sábio para cultivar a fertilidade em sua esposa? De que modo você pode aproveitar melhor a sabedoria de seu companheiro para tornar sua vida e sua família mais frutíferas?

R – RECIPROCIDADE

É preciso apenas um cônjuge para ser amigável, mas somente o casal forma uma amizade. Quando ambos não são amigáveis, o casamento fica marcado pelo conflito e pela frieza. Quando um dos dois é amigável e o outro não, o casamento fica marcado pelo egoísmo e pela infelicidade. Mas quando ambos os esposos fazem um pacto profundo, baseado no amor de Deus para buscar sempre ser um bom amigo, o amor e a alegria marcarão o casamento.
É comum ouvir pessoas casadas dizerem que “estão deixando de amar” o cônjuge por que querem seguir seus corações, buscar outros caminhos. Mas seguir o coração não é o principal mandamento da Bíblia. Na verdade a Bíblia nos ensina a não seguí-lo e sim devemos “guardar” o coração por que ele tende a se inclinar na direção do egoísmo e do pecado.
De acordo com a Bíblia, o amor não vem do coração, mas por meio dele. Isso porque “Deus é amor”, e é apenas no relacionamento com Deus, por intermédio de Jesus Cristo, pelo poder do Espírito Santo, que recebemos o amor divino para compartilhar com outros. É com a presença de Deus, o Espírito Santo, em nossa vida, que somos capazes de amar nosso casamento. Gálatas 5.22 cita: “O fruto do Espírito é amor.” E Romanos 5.5 afirma: Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.” Mesmo quando não nos sentimos amorosos em relação ao nosso casamento, podemos dar e receber amor ao viver uma vida repleta do Espírito Santo.
Em muitas passagens da Bíblia, o amor é tratado como um sentimento. No entanto, em vez de ser um sentimento que promove a ação, geralmente é uma ação baseada na obediência a Deus que resulta nesse sentimento pelo cônjuge. Isso explica porque a Bíblia ordena maridos a amarem  e mulheres a amarem seus maridos em vez de ordenar que se sintam amorosos em relação ao outro. Dando sequência a esse raciocínio, é possível entender por que a Bíblia ordena que amemos nossos inimigos.
Na Bíblia, o amor também é um verbo; é algo que fazemos. Como o amor de Jesus, é um pacto e um compromisso que nos compele  a agir em nome do bem que amamos. Isso explica porque a passagem das Escrituras mais usadas nos casamentos retrate o amor como ativo. A primeira carta de Paulo aos Coríntios (13.4-7) diz: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
O casamento cristão consiste em reciprocidade de um amor comprometido. Esse compromisso inclui pequenos gestos. Talvez alguns exemplos que colhemos sejam úteis para compreender o que queremos dizer:
“Ele faz café todos os dias, e isso significa muito para mim!”
“Ele ora por mim e comigo, ri das minhas piadas e podemos ser bobos um com o outro!”
“Há algum tempo tomei a decisão de ser mais saudável. Entre muitas mudanças, restringi o consumo de refrigerantes a uma lata por semana. Todos os sábados minha esposa sai  e compra um refrigerante para eu tomar ao fim do serviço da igreja no domingo”.
“Ela se alegra em me ver toda a vez que chego em casa.”
“Mesmo estando casados a tanto tempo, ele segura a minha mão quando passeamos”.
“Ela sabe que gosto de futebol, então acompanha em silêncio e até me ajuda a torcer”.
O que você acrescentaria a essa lista?

I – INTIMIDADE

Analisando muitos casamentos, percebemos que as pessoas respondem bem a uma explicação simples de três tipos de casamento – costas com costas, ombro a ombro e face a face.
Um casamento costas com costas é aquele em que ambos voltaram as costas um para o outro. Por conta disso vivem separados e não trabalham juntos (Ombro a ombro), nem são sinceros na amizade (face a face). Em tais casamentos os cônjuges vão de completos estranhos a inimigos, mas nunca são amigos. Um casamento ombro a ombro é aquele em que o casal trabalha junto em tarefas e projetos, como sustentar o lar, cuidar dos filhos, administrar um negócio ou servir à igreja.
Um casamento face a face é aquele em que, além do trabalho, ombro a ombro, o casal ainda reserva uma porção de tempo face a face para conversar, trabalhar a amizade e ser íntimo.
De modo geral as mulheres costumam ter mais amizades que os homens e essas amizades tendem a ser mais face a face. Isso acontece porque é comum que os homens prefiram amizades ombro a ombro, em que realizam uma atividade com um amigo. Quando se pede a um homem que ele reflita sobre quem ele já considerou amigo nas diferentes fases da vida, a maioria irá se lembrar de garotos que eram companheiros de atividades esportivas e homens com quem trabalharam juntos. É frequente que os homens pouco saibam sobre aqueles a quem chamam de amigos, pois realizar uma tarefa em conjunto exige tempo, o qual seria gasto em conversas que, quando acontecem são sobre as atividades que estão exercendo em vez de ser sobre as emoções que ambos estão compartilham.
Por outro lado, as amizades entre mulheres tendem a ser face a face e construídas em torno de conversas íntimas. Isso explica porque as mulheres preferem certas atividades que não são comuns ao universo masculino, como sair para almoçar ou tomar um café apenas para conversar e dividir sentimentos íntimos, enquanto trocam olhares, sem a necessidade de uma atividade em comum.
Mulheres – para ser uma boa esposa, aprenda a passar algum tempo com o seu marido realizando alguma atividade com ele. Se estiver assistindo algum programa de esporte, sente-se e acompanhe-o. Se ele estiver trabalhando em algum projeto, fique por perto para ajudar ou, pelo menos, faça perguntas a respeito e seja uma boa companhia. Se seu marido está indo pescar, pergunte se você pode ficar com ele no barco apenas para se fazer presente no mundo dele. Para a mulher conseguir trabalhar a amizade com seu marido é preciso passar algum tempo ombro a ombro com ele.
Homens – para ser um bom amigo para sua mulher, aprenda a ter conversas mais íntimas e profundas. Abra a sua mente, conte para a sua mulher como você está se sentindo sinceramente e pergunte a ela como está se sentindo. Ouça sem ser distraído por alguma tarefa ou algum apetrecho (deixe o celular de lado) e concentre-se nela, olhando-a nos olhos por longos períodos de tempo. Creia que isso é importante! Seja sincero com relação às suas emoções e permita que ela seja sincera com relação as emoções dela. Dê o mínimo de conselho possível e ouça mais, aprenda a enfatizar, a consolar, a incentivar e a resistir ao chamado masculino de encontrar um problema e tentar resolvê-lo. Nenhuma esposa gosta de se sentir um problema a ser resolvido m vez de ser uma pessoa que deseja ser íntima. Para ela, intimidade significa “olhar dentro de mim” o que significa que ela deseja conhecer seu marido e ser conhecida por ele. Para um marido trabalhar a amizade com sua esposa é preciso que ele desenvolva habilidades que permitam tratá-la face a face.
Em última instância, a intimidade pode ser resumida à conversação. Como diz um antigo provérbio, “o caminho para o coração passa pelo ouvido”. Certo livro sobre amizade sugere que há três níveis de conversação – factual, opinativa e sentimental. A maioria das conversas que temos é sobre fatos – sobre se o clima está quente ou frio, sobre a sensação de cansaço, sobre a vitória do seu time ou sobre se a gasolina ficou mais cara. Conforme o relacionamento vai ficando mais íntimo, a conversa passa de factual para opinativa. Ao fazer essa transição nos abrimos um pouco, permitindo que o outro tenha a chance de nos conhecer de forma mais íntima. Falamos sobre opiniões em assuntos como teologia, política e sobre outras pessoas,. Quando o relacionamento se torna ainda mais íntimo, começamos a compartilhar sentimentos. Nós nos tornamos vulneráveis, contando não só sobre o que fazemos (fatos) e sobre o que acreditamos (opinião), mas também sobre quem nos somos (sentimentos). Como disse C. S. Lewis: Eros terá corpos nus; A amizade, personalidades nuas.”
Você é íntimo de seu companheiro(a)? A cada dia sente que é mais íntimo? Juntos, reflitam sobre isso para responder.

E – ENTRETENIMENTO

Diversão. Muitas vezes a vida não é tão divertida. Dentre os pecados que cometemos e os que são cometidos contra nós – sem falar em satanás, demônios e maldição – o lamento de Jeremias faz sentido: “Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas” (Jer. 20.18)
Contudo, uma amizade com uma esposa divertida pode fazer um mundo de diferença – alguém que sabe como se divertir, relaxar, participar de uma aventura ou jogar tudo para o alto em nome de uma diversão santificada. Qualquer casal que deseje sair dessa vida de mãos dadas precisa ser um casal de amigos que se divirtam e que riam muito ao longo de todo o caminho.
Deus ordena que os casais ajam assim:
Portanto, vá, coma com prazer a sua comida, e beba o seu vinho de coração alegre, pois Deus já se agradou do que você faz.
Esteja sempre vestido com roupas de festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo.
Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol. (Eclesiastes 9.7-9)

A ideia aqui é que a vida é curta. No texto original, em hebraico, a palavra usada no versículo anterior é hebel. Esse termo ocorre cerca de 38 vezes nos doze capítulos de Eclesiastes e é traduzido de várias formas, como sem sentido (NVI), vaidade (ARC) ou ilusão (NTLH). O modo com que essa palavra é traduzida afeta não só o texto de Eclesiastes, mas também o próprio sentido da vida que é o tema central deste livro. É difícil conferir um sentido exato para a palavra hebel, mas podem ser traduzidas como vapor ou hálito.
A vida não precisa ser sem sentido, vã ou ilusória – mesmo que possa ser, quando distante da fé e do arrependimento.
A vida é curta. Ela é fugaz, como o hálito em uma manhã fria, quando é possível enxergar a respiração por um instante antes de ela desaparecer. A vida se move com rapidez. A vida de casado pode parecer durar apenas cinco dias. No primeiro dia você conhece sua esposa; no segundo, se casa; no terceiro, cria seus filhos; no quarto, você conhece seus netos; e no quinto dia você morre, ou enterra sua esposa, e volta para casa sozinho pela primeira vez em muitos anos.
Deus, em sua graça, nos deu companheiros para sermos amigos divertidos. E ele espera que desfrutemos da diversão com nossos amigos, comendo e rindo pela glória de Deus e para o nosso bem. Sempre haverá trabalho para fazer, mas, de vez em quando, precisamos parar de trabalhar e louvar o Senhor por meio das amizades que Deus nos dá. Estamos convencidos de que os casais que oram e que se divertem juntos permanecem juntos.
Por fim, um amigo divertido pode ajudar a rotina a se transformar em um ritual. Se sua esposa é uma amiga agradável, de repente, uma xícara de café, uma caminhada após o jantar, ou um passeio até o mercado podem se tornar hábitos divertidos, repletos de significado e de oportunidades para se divertir com a amiga com quem você é casado.


N – NECESSIDADE

No começo havia Deus. Antes de haver encontros românticos ou advogados e divórcios, havia Deus.
Um Deus feliz em toda a glória, completamente unido e amoroso. Na verdade, antes de haver qualquer coisa e qualquer pessoa, havia um Deus em três pessoas, vivendo em união inseparável e em eterna comunhão. Então, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.  (...) “Criou Deus o home à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Deus criou primeiro o homem, e pela primeira vez na história foi declarado que algo não era bom, muito embora o pecado ainda não tivesse entrado no mundo. Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e o corresponda.” O homem tinha Deus acima de si e a criação diante de si, mas não tinha uma mulher para acompanha-lo, aquela amante, amiga que iria refletir com ele o mistério da Trindade Divina. A solução que Deus criou reside na amizade formada pelo compromisso do casamento. Assim, a primeira amizade humana a surgir aconteceu entre uma esposa e seu marido, o que significa que seu amigo mais próximo e íntimo deve ser a pessoa com quem você se casou. Desse modo, ao contrário do resto da criação que Deus fez vir à existência, a mulher foi uma criação das mãos proverbiais de Deus, feita para o dom da amizade. É curioso que Deus tenha feito a mulher a partir de uma costela retirada do homem. Talvez isso tenha acontecido porque seu lugar é ao lado do homem como alguém íntimo e igual, não à frente do homem como prega o feminismo, nem atrás dele como, como ensina o machismo. Isso explica porque, em casamentos sólidos e saudáveis, a esposa gosta de se aninhar perto de seu amado e se sente segura com isso.
Temos necessidades de amizades humanas que complementem a amizade com Deus. A resposta de Deus a tal necessidade é, primeiro, uma esposa e depois amigos devotos do mesmo sexo. Para um homem, isso significa eliminar o estereótipo de que “um homem de verdade” permanece sozinho contra todo mundo. Foi Deus quem falou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda.” Quem disser ao seu cônjuge: “Não preciso de você” estará chamando Deus de mentiroso. O homem precisa de uma esposa como companheira e amiga. A esposa tem de ser voluntariosa segundo o propósito de Deus. Quanto maior a necessidade dele por ela e a necessidade dela em ajuda-lo forem celebrados como bênçãos de Deus, mais rápido a união e a amizade irão florescer dentro do casamento. Todo aquele que se considera religioso, mas diz que não tem a menor necessidade de ter amizades humanas porque já tem Deus como amigo está, no fim das contas, chamando Deus de mentiroso, pois é o Senhor quem diz que também precisamos de amigos na terra.

D – DEVOÇÃO

Um amigo devotado é aquele em quem se pode confiar nas mais variadas épocas da vida. A Bíblia fala muito sobre essa montanha-russa. A verdadeira sabedoria consiste em identificar a fase da vida em que uma pessoa está e responder de maneira apropriada. Para isso é preciso humildade, discernimento e atenção. Um amigo ruim é aquele que sempre quer estar feliz e se divertir, como se a vida fosse uma festa sem fim; ou que está sempre triste, sóbrio e sério, como se a vida fosse um eterno funeral. Um amigo devotado concorda com Eclesiastes 3.4, que diz haver “tempo de chorar e tempo de rir”.
Ser um amigo devotado requer sabedoria do Espirito Santo, associada a uma sensibilidade emocional para com os outros. Em vez de primeiro pensar em si, ensina Filipenses 2.3,4, como um bom amigo você precisa “humildemente [considerar] os outros superiores a você [mesmo]. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”.
Conforme assim fazemos somo capazes de obedecer Romanos 12.15 e nos alegrar “com os que se alegram [e chorar] com os que choram”.  O contrário de um amigo devotado é um amigo falso. O livro dos Provérbios trata bastante das falsas amizades. Amigos falsos são o que o puritano Matthew Henry chamou de “amigos andorinhas”, que “partem quando chega o inverno”. Amigos falsos são os que permanecem ao lado enquanto conseguem obter algo de nós – seja no sentido do valor que recebem quando precisamos deles no sofrimento, seja quando aproveitam o que respinga de nós em épocas em que tudo dá certo. Uma amizade verdadeira é algo que ambos os amigos dão e recebem em todas as fases da vida, sem a necessidade de fazer contas sobre aquilo que é dado e recebido. Em uma amizade falsa, uma pessoa apenas dá e a outra só recebe. Os amigos falsos nos abandonam assim que a vida se torna complicada, custosa ou inconveniente, ou quando já não suprimos as necessidades deles. Provérbios 18.24 cita: “Algumas amizades não duram nada, mas um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão” (NTLH).
É nas fases mais escuras da vida que Deus revela quem são nossos amigos mais devotados. Esse amigos encaram o desafio de enfrentar nossos problemas, bem como podemos ler em Provérbios 17:17: “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade.” Alguém já disse que amigo é aquele que dá um passo adiante, quando todos os outros dão um passo atrás. No casamento, ser um amigo devotado em todas as fases da vida é a chave para construir a união, a intimidade e a confiança.
Quando você promete à Deus e à igreja dele na terra, que será leal ao sagrado matrimônio, está se comprometendo à enfrentar todas as dificuldade que possam aparecer e a desfrutar de todas as benesses que essa união certamente irá render.
Com o tempo o grau de lealdade tem crescido em sua relação?

S – SANTIDADE

O escritor Gary Thomas fez uma pergunta vital: “E se Deus destinasse o casamento anos tornar mais santos do que felizes?” É impossível saber o quanto somos egoístas e pecadores até começar a viver um casamento. Muitas vezes, a maior parte do tempo em que namoramos é gasta em fingindo ser o que não se é. Após algum tempo de casados nosso cônjuge começa a perceber quem de fato somos, diferente do personagem que antes interpretávamos. O mesmo vale em relação ao outro.
A respeito do egoísmo e do pecado, o parceiro não consegue nos transformar conforme descobre quem somos de verdade. Uma vez expostos, precisamos decidir se iremos transformar a nós mesmos em favor do bem, algo que Bíblia chama de santificação. Marido  e mulher precisam aceitar que são e estão casados com um pecador fraco e falho, que necessita de ajuda amorosa e de muita paciência. Como pecadores, caímos em pecado e, sem conseguir levantar e seguir em frente. É por isso que Eclesiastes 4.9,10 diz:
É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas . Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se.
O amigo de verdade aparece quando falhamos e caímos em pecado. Aquele que correm para ajudar – sabendo quem estão ajudando e sabem tudo o que aconteceu – são verdadeiros amigos. Podemos alegar que somos amigos de alguém, mas, se não corremos para ajudar quando a pessoa cai em pecado, não servimos de nada. Você saberá que é considerado um amigo santo quando alguém cair em pecado for honesto com você e pedir sua ajuda. Isso é particularmente verdadeiro para um casal cujo amado terá imensa necessidade de ajuda, quanto maior tiver sido a sua queda.
Como amigos santificados, um casal deve falar a verdade no amor de forma terna, humilde, graciosa e gentil para que possam crescer a ser mais semelhantes a Jesus Cristo. É sobre esse ato de contar a verdade para sair do pecado m vez de afundar na vergonha de que trata Provérbios 27.6: “Quem fere por amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos.” Uma pessoa que só faz elogios rasgados, que nunca discorda e que evita o conflito a qualquer preço é permissivo, não um amigo santificado.
O amigo santificado ama a Deus e a nós o bastante a ponto de odiar o pecado e falar a verdade sobre o que vê em nós. É por isso que Provérbios 27.9  afirma: “Perfume e incenso trazem alegria ao coração; do conselho sincero do homem nasce uma bela amizade.”
A palavra sinceridade significa “ser honesto”. Isso significa que um dos deveres sagrados de um esposo, no papel de amigo, é ser honesto com a companheira para a glória de Deus e para o bem da pessoa. Às vezes, é preciso que se faça isso com uma reprimenda. Quando se é sábio, tanto mais se ama o parceiro por arriscar a amizade em nome do bem alheio. Provérbios 9.8 cita: “Repreenda o sábio, e ele o amará.”
Para concluir, a busca sincera de um bom casamento pode rapidamente se tornar uma tarefa hercúlea, pois há muita coisa para ser trabalhada. Nós também já sentimos essa ansiedade: Por onde começamos? Será que é humanamente possível trabalhar a espiritualidade, a comunicação, os compromissos, a intimidade, as finanças, os problemas familiares e tudo mais de uma só vez?
Mas descobrimos que trabalhar a amizade todos os dias faz com que os aspectos do casamento se resolvam no tempo certo. Assim, recomendamos a você que o objetivo de sua vida, daqui em diante, seja tentar ser o melhor amigo possível para essa pessoa que Deus colocou em sua vida. Ame mais.
Ao longo dos anos nosso relacionamento tem gerado mais santidade em nosso viver? Reflitam juntos e, então, respondam.


terça-feira, 14 de maio de 2013

SABEDORIA NA PROVAÇÃO


SABEDORIA NA PROVAÇÃO

Refletindo:  1 Pedro 4.12-16
“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; 
pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. 
Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. 
Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; 
mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome”.

É um privilégio passar pela provação decorrente da fidelidade a Cristo (verso 13) e uma tristeza passar por ela por causa de nossa infidelidade (verso15).
Quando a adversidade é provocada pelo pecado, só cabe o arrependimento, para um novo começo. Quando trazida pela falta de sabedoria de vida, só cabe o discernimento da melhor forma de viver e pôr-se a caminho.
Quanto às tentações, Deus nos livra delas, mas não nos livra de passar por elas. Em outras palavras, Deus nos livra da tentação, fazendo-nos triunfar sobre elas. Esta é uma forma sábia de enxergar a provação, para que não caiamos em desespero.

Deus não é um distribuidor de bênçãos, é um formador de caráteres na essência.

Desejo-lhe uma semana cheia de gratas experiências junto ao Senhor.

Pr. Denison Sales


terça-feira, 7 de maio de 2013

TEOLOGIA DE IMPACTO

TEOLOGIA DE IMPACTO

“Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim. Ele livra, e salva, e faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do poder dos leões.” ( Daniel 6.26, 27 – EA )

Seguindo na trilha da Teologia esboçada no decreto feito pelo rei Dario, além do reconhecimento de Javé como um Deus pessoal, outras visões são agregadas, vejamos:

Javé é Deus vivo – “...porque ele é o Deus vivo...”. Dario observou que O Deus de Daniel era vivo, pois viu o resultado indiscutível de sua atuação consusbstanciada no livramento de Daniel da boca dos leões. 

O destaque aqui é um golpe teológico contra a idolatria, contrastando com os demais povos: “Porque todos os deuses dos povos são ídolos; o Senhor, porém, fez os céus.” ( 1 Cr 16.26 ) 

Javé não é objeto de culto ou de veneração, Ele é Deus vivo que intervém, muda cenários, socorre e realiza maravilhas.
Javé não é deus que consome ou que apenas reflete; é Deus que atua e que também interfere e oferece; Deus que galardoa e abençoa.
Nas situações mais difíceis de nossa caminhada, em tempos quando nos sentimos fracos e limitados, mesmo acuados e cerceados de nossa liberdade, precisamos nos lembrar de Javé, o Deus vivo. 
Esse Deus maravilhoso, vivo sempiternamente em Cristo Jesus, que venceu a morte e reina soberanamente pelos séculos dos séculos.
Vivencie Javé: O Deus vivo!

Pr. Lecio Dornas