quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dia das Crianças

Dia das crianças

Criança. Está no centro da Bíblia! No jardim a Trindade nos prometeu a Criança! 

O Antigo Testamento conta como Deus formou e conduziu um povo que a Criança, nascendo de mulher, pelo poder do Altíssimo, fosse trazida para a história, a fim de abençoar a humanidade. 

O Novo Testamento conta como a Trindade formou e conduz o povo que leva a Criança a toda a humanidade para abençoar a nossa história, fazendo-a terminar em salvação.

E a Criança, que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens, portanto, sem perder a "criancitude", disse que quem quiser viver sob o reinado dos céus tem de se tornar criança.

Criança é a fase do ser humano onde o Pai é tudo, sabe de tudo e pode tudo. Criança confia no Pai, e não tem medo da vida, porque o Pai pode tudo. Criança usa a sabedoria do Pai, e não tem medo do desconhecido, porque o Pai sabe tudo, de tudo. Criança usa o discernimento do Pai, e sempre sabe o que é certo e o que é errado, porque o Pai discerne tudo. Criança desfruta do sustento do Pai, e não tem medo do infortúnio, porque o Pai tem tudo.

Criança ama o Pai com tudo. Criança obedece ao Pai em tudo. Criança depende do Pai em tudo e para tudo. Criança descansa no Pai.

Criança, nos braços do Pai, está salva; é segura; se gosta, porque se sente amada; e é feliz!

O Deus Filho se fez criança para que todo o ser humano criança se deixe fazer.

O Filho se fez criança para nos mostrar o Pai. O Pai que é tudo e, tudo, a nós, em nós, e, para nós, quer, e graças ao Filho, o pode ser.

A Igreja é a parte da humanidade que, por meio do Filho, foi adotada pelo Pai, e habitada pelo Espírito; recuperando, assim, a "criancitude".  A Igreja é a parte da humanidade que sabe que ser adulto é ser criança que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens.

A Igreja proclama: O Pai nos mandou o Filho, o Filho nos leva de novo ao Pai e o Espírito nos faz nascer de novo, e faz, de nós, filhos, nos faz crianças de novo, crianças como todo ser humano deveria ser. 

A Igreja convida: vem ser criança com a gente! 

A Bíblia é o livro cujo centro é a Criança! A Bíblia é o livro da Criança, para que crianças voltemos a ser... E para sempre. 
A Bíblia é livro para crianças!

Ariovaldo Ramos



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

1ª Festa Campeira

1ª Festa Campeira - IBc Novo Hamburgo

No último domingo dia 30/09/2012 realizamos a nossa primeira edição da Festa Campeira. Uma celebração que busca celebrar à Deus em um contexto gaúcho por nossa terra, os alimentos e a natureza. Na celebração aprendemos sobre uma afirmação descrita no hino do Rio Grande do Sul que diz: -"povo que não tem virtude acaba por ser escravo".
Então, estudamos as virtudes que transfomaram a vida de José. Embora ele tenha sido vendido como escravo suas virtudes foram usadas por Deus para um grande livramento ao seu povo.
Após a celebração ceamos com uma bela mesa recheada de comidas típicas gaúchas.

"Feliz a nação cujo Deus é o Senhor e o povo que Ele escolheu para a sua herança." Salmo 33.12


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Sobre esta pedra

SOBRE ESTA PEDRA

Cristo é a Pedra sobre a qual a igreja se funda. Através dEle vem a fé em Deus para a salvação do pecado. Dele vem o amor ao coração humano, que faz com que os homens vejam a pessoa como santa, uma vez que Deus é o Criador do ser físico e espiritual do homem e o fundamento de toda a esperança futura.

A HISTORICIDADE DE CRISTO

Os fundamentos do cristianismo têm seus primórdios, do ponto de vista subjetivo humano, na história temporal. É preciso atentar-se para o fato da existência histórica de Cristo, já que estes fundamentos estão inextrincavelmente ligados à pessoa, vida e morte de Cristo. Muitos negam o fato de que Cristo se manifestou na história humana (Jo 1.14). Felizmente, porém há evidências extra-bíblicas que provam a existência de Cristo.

a. O testemunho pagão
Tácito (c60-c. 120) o decano dos historiadores romanos, liga o nome e a origem dos cristãos a “Christus”, que no reindado de Tibério (42 a.C 0 42 a.D) “sofreu a morte por sentença do Procurador, Pôncio Pilatos”.
Plínio (62-c.113) que era propretor da Bitínia e de Ponto na Àsia menor, escreveu ao Imperador Trajano, (53-117) por volta do ano 112, para se aconselhar sobre o modo de tratar os cristãos. Sua carta dá uma valiosa informação extra-biblica sobre Cristo. Ele elogiou a elevada integridade moral dos cristãos, comentando sua recusa em cometer roubo ou adultério, a testemunhar falsamente ou a trair a confiança depositada neles. Plínio chegou a dizer que eles “entoavam uma canção a Cristo como para um Deus”. Suetônio, em sua obra Vidas dos Doze Césares: Vida Claudius (25:4), mencionou que os judeus foram expulsos de Roma por causa dos distúrbios a respeito de Chrestos (Cristo).
Outro escritor satírico, e, por esta razão, de testemunho importante, é Luciano (c. 125 – C. 190), que escreveu uma sátira sobre os cristãos e sua fé, por volta de 170, Luciano pintou Cristo como alguém “que foi crucificado na Palestina” por ter iniciado “este novo culto”. Escreveu que Cristo tinha ensinado os cristãos a crerem que eles eram irmãos e que deviam observar seus mandamentos. Ridicularizou-os por “adorarem este sofista crucificado”.
Estes testemunhos são evidências históricas de grande valor, especialmente por virem de romanos instruídos que desdenhavam e hostilizavam os cristãos. À base destes testemunhos, além da Bíblia, que é também uma obra histórica, pode-se concluir que há evidência suficiente para se afirmar a existência histórica de Cristo.

b. O testemunho Judeu
Josefo, (37-100), o rico judeu que procurou justificar o judaísmo para os romanos instruídos com seus escritos, também menciona Cristo. Ele falou de Tiago, “o irmão de Jesus, assim chamado Cristo”. Em outra passagem, geralmente condenada como interpolação por cristãos mas que para muitos é autêntica, Josefo falou de Cristo como um “homem sábio” sentenciado à morte de cruz por Pilatos. Embora aceitando algumas interpolações por cristãos, a maioria dos eruditos concorda que esta informação básica com quase toda a certeza integra o texto original. Como Josefo não era um amigo do cristianismo, sua menção a Cristo tem grande valor histórico.

c. Testemunho cristão fora da Bíblia
Muitos evangelhos, Atos, cartas e apocalipses apócrifos devem ser levados em consideração nesta questão da historicidade de Cristo. Eles estão reunidos na obra de Montague R. James, The Apocryphal New Testment (Nova Iorque, Oxford University Press, 1924). Inscrições e figuras da pomba, do peixe, da âncora e de outros símbolos cristãos nas catacumbas dão testemunho da crença no Cristo histórico, além da existência do calendário cristão, do domingo e da igreja.
Desafortunadamente, ao escolher uma data para o início do calendário cristão, o abade cite, Dionísio Exiguus (morto por volta de 550) em seu Cyclus Paschalis escolheu 754 A.U.C (da fundação de Roma) ao invés de 749 A.U.C, uma data mais acurada para o nascimento de Cristo.
Mateus em seu evangelho (2.1), declarou que Jesus nasceu “nos dias de Herodes, o rei”. Josefo, em sua Antiguidades (18.6.4), mencionou um eclipse do ano 750 A.U.C antes da morte de Herodes. Por causa do assassinato dos bebês israelitas e a fuga para o Egito terem precedido a morte de Herodes, isto nos traz a uma data possível de 749 A.U.C, ou cerca de 5 a.C, para a data do nascimento de Cristo. Os judeus, em João 2.20, disseram que o templo demorou 46 anos para ser edificado. Josefo e o historiador romano Dio Cassius colocaram 779 A.U.C como a data em que a construção do Templo começou. Jesus tinha “cerca de trinta anos” de acordo com Lucas 3.23, que subtraídos de 779 dá 749, ou 5 a.C como a data mais aceitável para Seu nascimento, ou seja, cerca de cinco anos mais cedo do que a nossa datação da era cristã.




O CARÁTER DE CRISTO

A Bíblia dá algumas indicações sobre a personalidade e o caráter de Cristo. Até mesmo uma leitura superficial dos Evangelhos evidencia o poder de Sua originalidade. Enquanto os judeus e as autoridades de hoje citam outros como autoridades para suas afirmações, Cristo simplesmente dizia: “Eu digo”. O que vinha após esta frase ou outras semelhantes a esta nos evangelhos indica a criatividade e originalidade do pensamento de Cristo, que maravilhou as pessoas do Seu tempo (Mc. 1.22; Lc 4.32).
A sinceridade de Cristo também está registrada nos relatos bíblicos. Ele foi o único ser humano que não tinha nada para esconder, uma vez que era completamente Ele mesmo (João 8.46).
Os Evangelhos deixam também o registro do equilíbrio do seu caráter. Coragem é geralmente associada a Pedro, amor, com João, e humildade, com André. Nada disto falta a Cristo; ao contrário, os relatos revelam equilíbrio e unidade de personalidade. Este equilíbrio, esta originalidade e esta transparência pode ser adequadamente explicados pelo registro histórico do Nascimento Virginal de Cristo.

A OBRA DE CRISTO

A importância transcendental da personalidade de Cristo jamais poderá ser desassociada de Sua obra, obra esta que era ativa e passiva. Durante seu ministério de três anos, Cristo deu atenção à justiça exigida pela lei que era um acréscimo à Sua justiça intrínseca como Filho de Deus. Esta justiça extrínseca qualificou-o a morrer pelos homens que nunca mereceram tal justiça e que precisavam de um substituto justo para que seus pecados fossem perdoados por Deus. Esta obra ativa tem sua contra-parte em Sua obra passiva, Sua morte voluntária na cruz (Fp 2.5-8). Estas duas faces históricas da obra de Cristo estão sintetizadas em Sua afirmativa sobre Sua missão de serviço e sofrimento (Mc 10.45).

a.O Ministério de Cristo
Com exceção da narrativa da visita de Cristo a Jerusalém junto com Seus pais aos 12 anos de idade (Lc 2.41-50) e algumas referências isoladas a Sua mãe e irmãos, pouco se sabe acerca dos muitos anos de Cristo em Nazaré.
Em geral se concorda que ele recebeu educação bíblica no lar e na escola sinagogal para crianças. Aprendeu também o ofício de seu pai, porque toda criança judia recebia instrução em alguma profissão manual. Em Nazaré, importante rota comercial, Cristo pode observar a vida do mundo exterior que passava por Nazaré. Suas parábolas e seus sermões mostram que Ele era um atento observador das coisas.
Ele conhecia Deus a partir da revelação de Deus na natureza e através do Antigo Testamento. Durante estes anos formativos, desenvolveu-se física, social, mental, e espiritualmente (Lc 2.52) na preparação para a grande obra que tinha pela frente.
O ministério de Cristo foi precedido pelo breve ministério de seu precursor, João Batista. Sua primeira aparição pública no começo do seu ministério está ligada ao seu batismo por João. O estudante atento do ministério de Jesus notará que após este acontecimento, ele desenvolveu seu ministério em centros judaicos. Sua estratégia era manter-se de acordo com sua própria afirmativa de que foi enviado às “ovelhas perdidas de Israel (Mt 15.24)”.
Depois de sua tentação no deserto, Cristo escolheu alguns dos discípulos que continuaram Sua obra sob a liderança do Espírito Santo após sua ressurreição e ascensão. Uma visita a Caná marcou seu primeiro milagre (registrado), a transformação de água em vinho. Seguiu-se uma breve visita a Jerusalém, durante a qual ele purificou o templo e teve uma momentosa entrevista com Nicodemos. Esta entrevista revelou a natureza espiritual do seu ministério (Jo 3,3,5,7). Voltando à Galiléia pela Samaria encontrou-se com a mulher samaritana (Jo 4), onde ficou evidenciado que Seu ministério não era limitado por barreiras nacionais ou sexuais, embora primariamente sua missão fosse para com os judeus.
Rejeitado em Nazaré, Cristo fez de Cafarnaum o centro de seu ministério galileu, que se constitui na maior parte do Seu serviço terreno aos homens. Daí fez Ele três viagens. A primeira, principalmente no oriente da Galileia, foi marcada pela cura do paralítico, do homem coxo e de muitos outros, bem como pela ressurreição do filho da viúva de Naim e pela conclusão da escolha dos Seus discípulos. Os milagres eram caracterizados pela introdução eloquente dos princípios que ele entendia deviam governar o comportamento humano. Estes princípios estão contidos no sermão da montanha (Mt 5-7, Lc 6-17-49). O assunto do sermão é que a verdadeira religião é espiritual e não é feita de atos externos exigidos pela lei.
O ponto alto da segunda viagem de Cristo ao sul da Galileia foi seu ensino parabólico sobre seu reino (Mt 13). Outros milagres, como a cura do endemoninhado gadareno e da filha de Jairo, testificam seu poder para endossar suas palavras com atos. A terceira viagem foi uma continuação desta obra de ensino, pregação e cura.
As três viagens da Galileia foram seguidas por pequenos períodos de retiro, durante os quais a principal ênfase de Cristo parecia ser a instrução de seus discípulos. Ele sempre encontrava tempo para atender às necessidades daqueles que vinham a Ele, razão porque alimentou cinco mil pessoas por ocasião do seu primeiro retiro. Ele demonstrou também seu senhorio sobre a natureza ao andar sobre o Mar da Galileia, milagre que fez com que seus discípulos compreendessem a realidade de sua pessoa como Filho de Deus. Durante a sua segunda retirada, ele curou a filha da mulher siro fenícia que demonstrara uma notável fé em Cristo (Mc 7.26). O terceiro retiro foi mais uma revelação do seu poder de curar e abençoar.
O ministério da Galileia foi seguido por um pequeno ministério em Jerusalem por ocasião da Festa dos Tabernáculos, durante a qual Cristo enfrentou corajosamente a oposição emergente dos lideres religiosos: os fariseus e os saduceus. Por causa desta oposição, Cristo retirou-se para Pereia, ao oriente do rio Jordão, onde ensinou e pregou. Este ministério pereano foi seguido pelo pequeno ministério da última semana em Jerusalem, durante o qual publicamente enfrentou o antagonismo dos lideres judeus políticos e eclesiásticos. Ele reforçou a crítica à religião mecânica e externa como fizera no ensino das parábolas. O triste fim de semana, durante o qual entregou Sua vida na cruz, marcou o fim do seu ministério ativo no mundo. Depois de sua gloriosa ressurreição  - um fato histórico estabelecido pelas evidências documentais no Novo Testamento (At 1.3, 1 Co 15.4-8) – ele apareceu somente a seus próprios seguidores. A culminação do Seu ministério veio com sua ascensão aos céus na presença dos seus discípulos. Esta ascensão foi antecipada por suas promessas de enviar o Espírito Santo em seu lugar e de retornar novamente a esta terra.
A Igreja Cristã felizmente tem quatro registros deste ministério de Cristo sobre a terra. Cada um dos seus autores apresenta seu relato a partir de diferentes pontos de vista. Mateus salienta a atividade do reinado de Cristo como Messias prometido que cumpriu as promessas do Velho Testamento, por isto, faz constante uso da frase: “isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito aos profetas”. Marcos, que escreveu tendo em mente os romanos, destacou o lado prático do ministério de Cristo, o sentido de ação e poder é fortalecido pelo uso constante que faz da palavra grega geralmente traduzida como “imediatamente”. Lucas, o historiador (Lc 1.1-4), reportanos o lado humano do ministério de Cristo. João apresenta Cristo como o Filho de Deus com poder de levar benção a todos quantos o aceitassem pela fé (Jo 1.12, 20.30-31).

b.A Missão de Cristo
A fase ativa do ministério de Cristo que durou pouco mais de três anos, foi mais uma preparação para a fase passiva da Sua obra, seu sofrimento na cruz. Seu sofrimento na cruz e sua morte foram os grandes eventos preditos pelos profetas (Is 53) que acabariam destruindo todas as forças do mal e libertando todos quantos o aceitassem com todo o poder espiritual da sua obra da cruz (Ef. 1.19-23; 3.20). Foi para este propósito temporal e eterno que ele veio ao mundo. Os evangelhos destacam este fato que chega ao clímax em referências como Mateus 16.21, Marcos 8.31 e Lucas 9.44.

c. A mensagem de Cristo
Embora a cruz fosse a missão primeira de Cristo sobre a terra, ela não foi Sua mensagem principal e nem foi considerada como um fim em si mesmo. Um estudo detido dos Evangelhos revelará que o reino de Deus era a mensagem principal do ensino de Cristo. Duas frases eram usadas por Cristo: “O reino de Deus”, “o reino dos céus”. A última foi mais usada por Mateus. O significado destes termos tem provocado muita controvérsia na igreja Cristã.
As duas grandes interpretações destas frases aceitam o fato de que o reino de Deus se refere ao governo de Deus sobre todos os seres do universo que com Ele voluntariamente fazem concerto. Este reino, que é espiritual e abarca o tempo e a eternidade, é penetrado pelos seres humanos após um renascimento espiritual (Jo 3.3 5,7; Mt 6.33) Nada se fala sobre o mal neste reino, em que Cristo mesmo finalmente se sujeitará ao Pai (1 Co 15.24-28). Os dois grupos crêem que, no presente este reino é ético e espiritual e que a igreja é uma parte dele. Entendem também que sua plena realização escatológica acontecerá só no futuro.
A discussão do sentido da frase “reino dos céus” dividiu as opiniões. Alguns entendem que as duas frases são sinônimas entre si. Outros acham que elas se referem a dois reinos distintos, embora haja um ponto de encontro. A razão principal para se fazer distinção entre os dois surge do fato de que Cristo usou e interpretou as parábolas do joio (Mt 13.36-43) e da rede (Mt 13.47-48) para descrever o reino dos céus, embora jamais as usasse para descrever o reino de Deus. Já que nestas duas parábolas se faz uma mistura de homens bons e homens maus no reino dos céus  e já que todas as referências ao reino de Deus falam apenas da obediência voluntaria a vontade de Deus, muitos intérpretes pensam, que deve haver alguma distinção entre os dois termos, não devendo portanto ser usados como sinônimo. Eles notam que o “reino de Deus” é relacionado a Deus, marcado pela bondade, e é cósmico e eterno, bem como está no tempo, de outro lado a frase “reino dos céus” é relacionado ao domínio de Cristo no tempo e sobre a terra, e tem tanto bons como maus nele (Mt. 8-11-13).
Alguns pré-milenistas, que entendem não serem idênticos os dois termos, crêem que o reino dos céus está associado ao governo de Cristo nesta terra e identificam o reino de Deus com o governo eterno de Deus, o pai. No atual período da igreja, o reino dos céus equivale a Cristandade, que consiste numa mistura de cristãos, cristãos professos, incrédulos e judeus. Na volta de Cristo o reino dos céus será purgado dos judeus e dos gentios incrédulos e será dirigido durante mil anos por Cristo e sua igreja. Este será o reino predito pelos profetas, segundo os quais Israel seria abençoado na terra da Palestina. Após uma pequena rebelião, liderada por satã, seguindo sua libertação desta prisão de mil anos durante o milênio, Cristo afirmará sua autoridade diante de Deus e a parte pura do reino dos céus finalmente se fundirá com o Reino de Deus.
Aqueles que sustentam serem os dois sinônimos e equacionáveis à igreja pensam que o reino será realizado por um processo histórico em que a igreja faz a obra de preparar o caminho para um reino que Cristo receberá quando voltar. A ação social para criar um melhor ambiente para os homens é uma parte importante deste plano. O Cristianismo é, então, interpretado em termos éticos independentemente da obra redentora de Cristo na cruz. Este é o pós-milenismo liberal.
Alguns pensadores, especialmente do século XIX, como Charles Finney, os Hodges, B.B Warfield e A.H Strong também afirmaram uma escatologia pós milenista, mas de uma variedade conservadora, ortodoxa. Eles criam que a igreja, de pessoas regeneradas sob a direção do Espírito Santo, poderia fazer um impacto tal na sociedade que emergiria uma perfeita ordem  milenista entre os povos. Quando Cristo retornasse, ao fim do milênio, haveria uma sociedade piedosa. A equação do milênio com a igreja, feita por Agostinho, tem dado muito apoio a este ponto de vista.
Outros que não subscrevem esta interpretação, mas que acham serem os dois termos sinônimos, crêem que a realização final do reino é futura e que ele será consumado sobrenatural e cataclismicamente na volta de Cristo. Eles não aceitam a interpretação evolutiva dos pós milenistas liberais. Geralmente são conhecidos como amilenistas; não aceitam a ideia de um reino milenar de Cristo e geralmente não relacionam os judeus aos Reino de Cristo.
Se se crê que as duas frases são sinônimas ou não, não é tão importante diante da concordância dos evangélicos acerca de certos pontos em que não há discordância se a Bíblia é interpretada corretamente.
O fato de que o pecado é hereditário e pessoal e não ambiental ou corporativo, exclui a visão pós milenista liberal do reino. Desse modo, a igreja tem como tarefa básica não a conversão mundial pela pregação ou pela ação social, mas a evangelização do mundo pela proclamação do evangelho, afim de que aqueles que se unem a verdadeira igreja possam ter uma oportunidade para responder a esta mensagem quando o Espírito Santo convence os seus corações. Esta é a tarefa específica da igreja neste período da história humana, o que não isenta o cristianismo de se tornar algo relevante e prático na vida diária da sociedade pela ação dos cristãos como cidadãos.
Cristo ensinou que o reino não se realizará por um processo histórico evolutivo em que a igreja preparará, pela ação social, o mundo para a sua vinda. A bíblia ensina fundamentalmente que o futuro escatológico, distinto da atual fase ética e espiritual do reino, se realizará sobrenatural e cataclismicamente na vinda de Cristo, não irrompendo, pois, como resultado da obra da igreja. [N. Ed. Veja o artigo “Rei, Reino”, no NDITNT, vol. 4 EVN 1984.]




d.Os milagres de Cristo
Os milagres de Cristo foram numerosos e contituem parte integrante do seu ministério. Eles revelam a glória de Deus e mostram que Cristo era o filho de Deus (Jo 3.2), a fim de que a fé pudesse se seguir. Estes milagres são chamados de poder, obras maravilhas, e sinais. Os racionalistas e empiristas negam sua possibilidade e procuram explica-los pelas leis naturais ou interpretá-los como mitos; esta segunda negação implica também em negar as narrativas bíblicas como históricas. Os milagres podem ser definidos como fenômenos não explicáveis pela lei natural conhecida  e que são feitos por uma intervenção especial da Divindade para propósitos morais.
A possibilidade e probabilidade dos milagres são demonstradas pela existência de registros históricos que dão conta destes milagres como fatos históricos. A pessoa e obra de Cristo receberam autenticação de muitos contemporâneos  seus por causa dos milagres que Ele realizou.

e.O siginificado de Cristo
Têm havido diferentes interpretações desta maravilhosa Pessoa, Cristo, que nos é descrita literariamente nos evangelhos. Durante os grandes períodos de controvérsia teológica, entre 325 e 451 e entre 1517 e 1648, os homens procuraram interpretar Cristo em termos de credos. Os místicos o vêem como o Cristo da experiência pessoal imediata. Outros, nos séculos XVIII e XIX, falaram dele, como o Cristo da história e procuraram despí-lo do sobrenatural a fim de poderem ver nele apenas uma pessoa humana. O verdadeiro cristão o vê sempre como o Cristo de Deus.
A significância histórica de Cristo se revela no desenvolvimento de um novo fundamento da personalidade humana. Os gregos insistiram sobre a dignidade da personalidade humana porque o homem era um ser racional, mas a igreja insiste que a personalidade humana tem dignidade porque o homem é um filho em potencial ou em realidade de Deus, através da fé em Cristo. A concepção cristã tem como consequência a humanização da vida. As fronteiras de classe e de raça são abolidas na igreja e a reforma social dá melhores condições de vida para todos os homens. Os evangélicos foram os líderes da reforma social na Inglaterra do século XIX. Acima de tudo, a ênfase sobre um código de ética interior para a conduta, colocado muito acima de regras exteriores, é uma consequência do contato da personalidade humana com o Cristo do Calvário. O impacto de Cristo nas artes e na literatura é imenso.
A personalidade, a obra e os ensinos de Cristo e, sobretudo, sua morte e ressurreição marcam o começo do Cristianismo. Muitas religiões poderiam subsistir sem fundadores humanos, mas tirar Cristo do cristianismo faria dele uma casca vazia sem vida. Cristo deu a igreja suas ordenanças, os apóstolos, sua mensagem fundamental do Reino de Deus, sua moral básica (Mt 16.16-19; 18.15-20) e o Espírito Santo para ser aquele a cooperar com a igreja na evangelização do mundo. Ele não deixou qualquer organização nem nenhum sistema doutrinário bem articulado. Isto foi obra dos apóstolos, Paulo inclusive, guiados pelo Espírito Santo que Cristo enviou ao mundo para ministrar em sua ausência. A verdadeira Igreja, que tem Cristo como o Fundamento e o Espírito Santo como Fundador, marchará triunfalmente, exaltando o Senhor crucificado, ressuscitado e glorificado, desde o Pentecoste até agora.

Earle Cairns - Cristianismo através dos séculos

Vislumbre de um Criador


Vislumbre de um Criador
O elefante é o único animal cujas pernas se dobram para a frente. Por quê? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso.
Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira?
Deus. Esse mesmo Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra, e, através da ação do fogo transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo, e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!
Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre sete dias?
Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano. Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que fez o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil.
A insondável sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A melancia tem número par de franjas. A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho tem número par de fileiras de grãos. O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par, a seguinte terá um número ímpar.
A ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é admirável que Jesus Cristo, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente números pares: 30, 60 e 100 (Marcos 4.8). Pela sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos dele. Somente a vida sob o cuidado divino está salvo de contratempos.
Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: Enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes.
Mas há maravilha ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.
Esses são apenas alguns vislumbres de um Deus sábio e amoroso. Esse mesmo Deus que realiza tais maravilhas no mundo que ele criou, pode também efetuar em nós um milagre ainda muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as coisas. Ele tem o poder de tornar nossa vida alegre, útil e plena de significado para a glória dele se tão somente tivermos fé, convidando o Senhor Jesus Cristo à fazer morada em nosso coração, transformando poderosamente o nosso ser.

Deus tem propósitos para a sua vida, venha vivenciá-los conosco.